![]() O projeto “Mais Saúde” conta também com o apoio da Drogaria da Vovó, que envia mensalmente o enfermeiro André Pimenta. O enfermeiro realiza aferição de pressão arterial e glicemia capilar, além de orientar os idosos com relação a sua saúde. A Academia funciona na quadra da Associação do bairro Morada da Serra, de segunda a quinta-feira, no horário de 7h30min às 10 h e das 17h às 21h, e aos sábados e domingos de 7h30min às 10h. A participação na Academia ao Ar Livre é gratuita, e as inscrições são feitas pelos telefones 9287-3474 e 3671-5150. (originalmente publicada no Jornal Folha de Sabará, no dia 01 de outubro de 2010/Edição 751) |
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Inaugurada a primeira Academia ao Ar Livre de Sabará
Rumo aos 100
Aos 99 anos, o sabarense Hermano Ramos tem muita história para contar

Hermano casou-se aos 25 anos, com Maria Raimunda do Nascimento Ramos. A esposa faleceu em 1991, aos 77 anos, deixando-o sob os cuidados dos filhos. Com 92 anos, seu Hermano namorou Dona Augusta, uma senhora sabarense dez anos mais jovem. O relacionamento durou seis anos, mas a amizade perdurou, numa relação de carinho e consideração que foi até homenageada no programa global “Fantástico” em 2004, no quadro apresentado por Regina Casé.
A tarefa mais estimada por Hermano nada tinha em comum com campos de futebol ou quaisquer ocupações anteriores. Apaixonado por música desde muito jovem, Hermano aprendeu com Seu Juca “Ferrugem” a arte de tocar saxofone, aos 19 anos. Ele conta que a paixão pela música é uma herança: seu pai, Francisco de Paula Rocha, o “Chico de Rita”, tocava prato na Sociedade Musical Santa Cecília. A Sociedade Musical também foi o destino de seu Hermano, que tocou saxofone na banda Santa Cecília por 67 anos, com um pique invejado por muitos.
Na Santa Cecília ele fez grandes amigos, alguns deles vivos até hoje, e encontrou na banda uma fonte de energia e vitalidade que o guiou por uma vida ativa até os 94 anos. A tontura constante e a boca seca levaram seu Hermano a se despedir da Sociedade Musical Santa Cecília e de seu instrumento de sopro favorito, mas ele mantém vivos na memória seus tempos de saxofonista, quando se divertia se apresentando junto à banda em bailes e encontros musicais. Dançarino nato, ele não perdia uma festa no Cravo Vermelho ou no Mundo Velho, clubes dos quais é sócio. Resquícios de uma juventude festeira e bem aproveitada: Hermano participava das comemorações católicas, saía fantasiado no carnaval e até hoje se lembra muito bem a qual bloco pertencia: “Eu era Moralistas do Samba”, afirma orgulhoso.
No dia 20 de outubro, Hermano será o mais novo cidadão centenário do Brasil. Tido pelos filhos como um homem honrado, direito, um exemplo de pai e de homem, seu Hermano é um dos idosos que conta com o apoio e cuidado da família, essenciais na vida de quem já passou por uma jornada árdua de mais de meio século de vida.
Com 7 filhos, 23 netos, 6 bisnetos e 1 tataraneto, seu Hermano, hoje em dia, gosta de curtir o sossego de sua casa, que divide com a filha Maria da Conceição Ramos. O segredo de uma vida tão longa? “Muito trabalho”, declara.
(esta matéria foi originalmente publicada no Jornal Folha de Sabará, no dia 01 de outubro de 2010) |
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